Sessões de esclarecimento alertam para o perigo dos incêndios

Várias sessões de esclarecimento no âmbito da prevenção de incêndios florestais foram desenvolvidas pela Câmara Municipal de Monchique de forma a preparar a população local para a época de fogos que se avizinha.

Estas sessões decorreram no dia 27 de Março em Marmelete, no dia 9 de Abril, em Monchique e no dia 10 de Abril, em Alferce e contaram com a presença de técnicos da Autoridade Nacional Florestal, elementos da ASPAFLOBAL (Associação dos Produtores Florestais do Barlavento Algarvio), dos Bombeiros Voluntários de Monchique, da Câmara Municipal e de cerca de uma centena de pessoas, sendo a freguesia de Alferce a mais concorrida com a participação de 45 pessoas.

Segundo Sónia Martinho, Engenheira Florestal da Câmara Municipal de Monchique, “esta iniciativa foi dirigida a toda a população e deu especial ênfase aos cuidados a ter para reduzir o número de incêndios, nomeadamente como proteger os aglomerados populacionais, em especial as casas que estão rodeadas por floresta, como reagir em caso de incêndio, etc”.

Todos os concelhos do Algarve estão a desenvolver sessões com a mesma temática, e segundo Sónia Martinho estão previstas mais campanhas de sensibilização, nomeadamente em outdoors e em campanhas radiofónicas. Em Monchique, para além destas sessões têm sido distribuídos folhetos com o propósito de alertar a população para os perigos dos incêndios florestais.

Estes panfletos alertam para o facto de que cada pessoa que viva em zonas florestais ter de criar uma faixa de protecção com 50 metros que tem como objectivo retardar o avanço do incêndio. O proprietário deve também privilegiar uma área regada de 10m em torno da sua casa, evitando plantação de vegetação mais inflamável e as árvores devem estar distanciadas 5 metros dos edifícios evitando que as suas copas estejam projectadas sobre os telhados.

Nos folhetos distribuídos destaca-se ainda que há incentivos para arborizar e cuidar da floresta, para isso os proprietários devem consultar os serviços regionais ou locais do Ministério da Agricultura, que o prazo para regularização dos prédios rústicos foi prolongado até dia 2 de Novembro de 2010 e que ao aderir a uma ZIF (Zona de Intervenção Florestal) pode usufruir de facilidades na gestão e protecção da propriedade.

No entanto, também são impostas proibições aos habitantes nos espaços rurais durante o período crítico, tais como, fazer fogueiras ou lume, queimar restos das actividades agrícolas ou florestais, fazer queimadas para renovação de pastagens, a circulação de tractores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintores, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas ou tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés e o lançamento de foguetes ou foguetes de mecha. Assim sendo, só são permitidas queimadas após o licenciamento na Câmara Municipal ou Junta de Freguesia.